domingo, 28 de janeiro de 2007

MAÇONARIA sem segredos





Os segredos da Maçonaria & Maçonaria sem segredos

A CERTIDÃO DE NASCIMENTO DA MAÇONARIA
02 de fevereiro de 1356

A maçonaria surgiu durante a Idade Média na Europa, quando a poderosa Igreja Católica proibia reuniões de pessoas que pudessem questionar ou colocar em risco seu domínio. Assim, para fugir dos inquisidores católicos, grupos da iniciante classe média (intelectuais, artesões e comerciantes) formaram uma espécie de associação secreta, a Maçonaria, que visava à busca da verdade através da razão e da ciência e não apenas através da fé.
Essa associação muito se baseou na organização dos pedreiros quando da construção do Templo de Salomão, no atual estado de Israel, onde trabalharam 153.000 operários. Para organizar um empreendimento desse porte, numa época que nem o papel era utilizado, criou-se uma metodologia simples e funcional: para fins de remuneração e obediência os pedreiros foram divididos em três classes: Aprendiz, Companheiro e Mestre. Cada classe tinha um conjunto de códigos e sinais secretos para que se reconhecessem entre si. E, para não ocorrer tumultos ou brigas, freqüentemente havia reuniões onde os Mestres conscientizavam a importância do respeito mútuo e ajuda ao próximo para que aquele empreendimento pudesse chegar ao fim. Daí vem à relação dos maçons com pedreiros e do uso de alguns símbolos relacionados com essa atividade profissional (Maçom em francês significa pedreiro).
A simbologia maçônica possui uma linguagem lógica e complexa, utilizando desde símbolos com figuras geométricas a sinais, toques de mão e palavras especiais.
Um dos poucos símbolos conhecidos pelos não-maçons é o triângulo, que representa DEUS, ou como é mais conhecido pelos Maçons, o GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO.
Para se falar na Origem Documentada da Maçonaria, foi preciso fazer um giro pelos arraiais da Maçonaria Mística. E depois demonstrar que até o ano 1000, o que servia de proteção, como Casa e Lar do homem – era a Madeira. E que a profissão que predominava e sobressaia, era a de Carpinteiro e Marceneiro. Tanto era verdade, que as primitivas Organizações – as Guildas – eram compostas de homens que praticavam essas duas Antigas Profissões Com o advento das Construções de Pedras e Alvenarias, começou a florescer e a destacar-se outra profissão – a dos Canteiros, Entalhadores. Isso começou a acontecer a partir do século XII. Grandes quantidades de guerreiros, seguiram na Primeira Cruzada, rumo à Cidade Santa de Jerusalém, que estavam nas mãos dos Sarracenos, dos Infiéis. Nas Estradas precárias da Europa, grupos de Salteadores e Bandoleiros cresciam em número e em audácia. As Propriedades do começo do 1º século do 2º milênio eram atacadas por hordas de famintos e estrangeiros. Daí a necessidade de se erguerem muralhas, fortalezas para proteger os Burgos e seus proprietários, famílias e servos.
O Cristianismo estava em pleno progresso. Povos e mais povos eram catequizados pelos Soldados de Cristo – isto é, Bispo de grandes capacidades de catequeses. E a Igreja ao receber Reis e a Nobreza, em suas fileiras, passou a contar, também, com uma ajuda financeira muito grande de seus novos Fiéis. E com dinheiro se faz muitas coisas. Então aqueles feios amontoados de madeira sujeito ao fogo e aos raios e outros fenômenos da natureza começaram a dar lugar às Grandes Catedrais de Pedras. Entre os anos de 1.100 e 1300, milhares de Igrejas, Catedrais, Mosteiros, conventos, etc, foram erguidos na Europa.
E para dar conta de tanto Trabalho, uma leva de homens foi se especializando na arte de Construir. Uma Arte Antiga, mas pouco divulgada. E essa leva de Profissionais de Pedra, precisava se organizar. Precisavam de um Estatuto. Precisavam de um espaço só seu. Foi então que Doze Freemasons – Maçons livres (Pedreiros especializados em trabalhar na Pedra Bruta e depois Poli-la), liderados por Henry Yevele (este nasceu em 1320 e morreu no ano de 1400) – foram até à Prefeitura de Londres, levando um esboço de um Estatuto do Trabalhador da Pedra e, numa audiência com o Alderman (Prefeito) e os Edis, apresentaram seu esboço de Estatuto, onde previa, além da obediência às autoridades locais, também previa uma fidelidade ao Rei e à Religião Vigente, e, ainda, um pedido para que suas reuniões fossem fechadas, sem a presença de pessoas que não estivessem ligadas a ela. Esses 12 homens saíram do local onde estava a Igreja, Antiga Guilda, – a Guildhall -, no dia 2 de fevereiro de 1356. É bom repetir – dois de fevereiro de 1356. Aqui está o Berço, o Dia, o Mês e o Ano do Nascimento da Maçonaria (documentada). Este Documento que se encontra ainda hoje, na Biblioteca da Prefeitura de Londres, levará a glória e terá o privilégio de ser o Documento Maçônico mais Antigo.
Essa Sociedade dos Maçons (The Fellowship os Masons), durou, ou prevaleceu sozinha durante 20 anos – até 1376, quando foi fundada a Companhia dos Maçons de Londres.
Daí por diante, eles passaram a trabalhar segundo um próprio Código. E muitos outros foram surgindo, formando o que chamamos de Old Charges, ou Constituições Góticas.
Na próxima edição: Os segredos da Maçonaria & Maçonaria sem segredos.

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